domingo, 8 de maio de 2016

08.05.16 Dia de muita paz

Acordo pelas 7 horas e olho para os antúrios : começam as dúvidas, vai ter muito movimento no cemitério, estarão os dois carros na garagem vizinha a minha? Decido vencer meus medos e vou enfrentar estes pequenos desafios, ao chegar na garagem tudo Ok, um carro apenas, no cemitério, embora alguns carros lá estejam, espaço suficiente para estacionar: de novo percebo que a maioria dos nossos medos estão na nossa cabeça, não são reais. Preciso treinar mais essa LICÃO.
No cemitério limpo um pouco o túmulo, recolho os lixos próximos e coloco os antúrios comprados na feira. Fica muito bonito, do jeito que minha mãe gostaria. Há pessoas que me dizem que não gostam de ir ao cemitério, eu ao contrário, consigo uma conexão muito boa com os entes falecidos neste local. Rezo e agradeço aos meus pais pelas lições que me deixaram: minha mãe por ter-me ensinado que o amor precisa estar presente em nossas ações cotidianas e ao meu pai por ter-me ensinado com seu exemplo que a busca pelo conhecimento  é uma grande fonte de prazer. Obrigado meus queridos.
Aproveito também para visitar o túmulo do Fernando, meu sobrinho que nas ceu 01.05.1977 e faleceu no dia seguinte. Foi sempre motivo de grande tristeza para todos. Todos os anos desde seu falecimento eu e minha mãe e depois da morte de minha mãe, eu visito seu túmulo e rezo por ele , por seus pais e irmãos. Se fiz certo o cálculo ele já teria 39 anos. Fiquei imaginando como seria: claro como o Fábio, ou mais moreno como Patrícia e Priscilla?
Em seguida fui ao túmulo da Carolina, outra sobrinha que faleceu aos sete meses de idade, após uma doença infantil considerada banal: catapora. Sei o que sua perda representou na vida de meu irmão Aldo e de minha cunhada Deise: houve momentos que achei que nunca iriam superar . Felizmente hoje percebo que a saudade é forte, mas a aceitação foi alcançada. Rezei e conversei muito com ela. Nasceu em 18.03.1989 e faleceu em 18.10.1989.
Retorno para casa e me sinto leve. Penso que esta é uma missão que tenho: infelizmente nenhum dos meus irmãos vai ao cemitério. Lembro bem de minha mãe me dizendo, será que no dia que eu faltar, alguém virá visitar estes túmulos. Esta  frase está muito presente em minha cabeça, mas vou ao cemitério porque me faz bem, se me fizesse mal, com certeza evitaria.
Organizo meu almoço, aproveito para limpar um pouco o apartamento. Parece que toda tristeza que pairava em mim desapareceu. Deve ser a benção dos que já estão no plano superior.
Abro uma garrafa de vinho branco e tomo duas taças antes do almoço.
A comida caseira que preparei ficou ótima, como além da conta. Depois de lavar a louça descanso um pouco com plano de fazer minha caminhada diária: uma chuva leve no entanto, me impede de fazê-lo. De repente o dia lindo se transforma num dia tristonho .
Vou ao computador organizar minhas contas e responder alguns e-mails.
faço uma sopa  de frango e legumes, adoro isso num domingo à noite.

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